Isabel Sprenger Ribas (In memoriam)
CADEIRA: 12
PATRONESSE: JULIA DA COSTA
BRASIL
IN MEMORIAM
Isabel Sprenger Ribas, de Paranaguá, Paraná, Brasil. Reside em Curitiba, Licenciada em Filosofia, pela PUC. Possui três filhos, duas noras, quatro netos e uma bisneta. Foi Professora/ Paraná. Lecionou em algumas escolas estaduais do Paraná, auxiliou no Projeto e Implantação da Lei 5692 no então Grupo Escolar Júlia Wanderley. Cursou várias especializações dentro do Magistério. Residiu em Brasília por vinte anos em três momentos distintos. Lá, inicialmente trabalhou no Colégio Dom Bosco e no Maria Auxiliadora. Na sequência foi contratada pelo Convênio MEC/ Fundação Universitária de Brasília-FUB. Trabalhou no Ministério da Educação, onde Subchefiou o Departamento de Assistência ao Estudante.
Em 1976 prestou concurso para o IPEA/ Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Acompanhamento de Políticas Públicas, no cargo de Técnica em Planejamento e Pesquisa, Brasília, DF, onde contribui com algumas Publicações Técnicas. Alguns anos mais tarde, retornou ao Paraná, para acompanhamento do Cônjuge. Aposentada por este Órgão Governamental, retornou à Curitiba, onde se dedicou, em especial, à Escrita, jamais abandonada, mas muitas vezes em segundo plano de vida por necessidade no cumprimento de suas obrigações remuneradas.
Em seu retorno, passou à disposição do Estado do Paraná, remunerada por seu órgão de origem em Brasília, aqui permanecendo cinco anos, quando atuou na Secretaria de Administração e Finanças do Estado do Paraná, em Projeto intitulado Pró Litoral, parte do Plano de Governo, onde exerceu a função de Subgerente.
Mais uma vez retornou a Brasília, pelo mesmo motivo, onde tempos depois, se aposentou no Ipea/GF.
Publicações Literárias: Quase entre aspas, cheio de reticências; Um livro, Seis mãos, Três Idades, 2002; Mulheres de Coragem, 2006; Instituição Lanche das Gatas, 2012; Aconteceu em Curitiba, Romance Colaborativo, 2015; O Poeta e Nuvem Menina, 2016; Participou das Antologias: Poesia do Brasil. Proyeto Cultural Sur Brasil. Volume 11, 13, 15, 17, 19 e Volume 21, 2016; “Poemas”, Selando Amizades, 2016, Pr; Conexão II/Feira do Poeta, Pr; Conexão III. Também está incluída em Conexão IV, 2018; Jubileu de Diamante do CPFC, e vários Opúsculos dos mais variados temas. Participação em Revistas Virtuais “EisINFLUÊNCIAS”, Portugal Brasil e na Revista Virtual Carlos Zemek ARTE E CULTURA. Fase final de revisão: O Homem que Ensinou a Amar. É Membro Acadêmica da Academia Feminina de Letras do Paraná e está Vice-Presidente neste biênio, Academia de Cultura de Curitiba, Comissão de Seleção/ Diretoria; do Centro Paranaense Feminino de Cultura, do Centro de Letras do Paraná, também em sua Diretoria e da UBT/CURITIBA.
É artista plástica, participou com pinturas em algumas exposições. Com elas decora suas casas ou presenteia. Na Argentina, Buenos Aires e na Espanha, teve seus versos prestigiados e enfeitados com a Arte Digital de Carlos Zemek
Ama. Aspira também, ser sempre amada pelo OUTRO e considera o Amor como sendo a fonte da inesgotável necessidade de compreensão entre a raça humana. Nome literário: isabel (letra minúscula) Sprenger Ribas. Endereço eletrônico; sprengerribas@uol.com.br
PATRONESSE: JÚLIA DA COSTA
Necessário é que se divulgue, que se alardeie, que se difunda cada vez mais o nome de Júlia da Costa.
Já foi sim, e bastante, reverenciada por inúmeros grupos que se atém à Cultura e ao interesse pela História das Letras em seus locais de origem, em especial o Estado do Paraná e de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil.
Seus dados aí estão, expostos para serem pesquisados; companhias teatrais levaram e levam sua figura lendária à emoção das plateias quando desnudam a vida de Júlia; ela é, sim, uma mulher à frente de sua contemporaneidade e chega a nossa, ultrapassando o Tempo...sua história nos passa isto!
Em 1871 ela casava com o Comendador Francisco da Costa Pereira. Era um casamento de conveniência, por interesses e imposição da família. Homem muito mais velho, décadas mais, em muito diferia do espirito indômito e sonhador de Júlia.
Antes de casar, Julia se apaixonara por Benjamim Carvoliva. Ainda que cinco anos mais jovem que ela, despertou amor violento em Júlia, que se envolvia com sua verve e os seus magníficos versos.
A este amor grandioso, na época, Carvoliva parecia retribuir em idêntica intensidade.
Contam-nos as pesquisas sobre o casal de amantes, que assim se amavam pelos versos mutuamente dedicados e que eram colocados em inusitados locais, esconderijos vários. Mencionam as pesquisas, que seriam em locais como troncos ocos de árvores e ou vãos de janela quase inatingíveis.
Com o casamento que em nada satisfazia à Júlia, não cessaram os poemas e as cartas de amor, às escondidas. Em uma delas, ressaltam-nos os fatos levantados, ao propor a Carvoliva que fugissem juntos, ele se evadiu e passou a evitá-la de todas as maneiras. Casa-se, logo em seguida com jovem adequada à sua idade. Júlia, decepcionada, prossegue sua vida matrimonial. Não desencanta, absolutamente, ao seu nobre marido, fazendo as honras da casa e se impondo como dama de sociedade, demonstrando sua personalidade na escolha de roupas absolutamente exóticas e pessoais e tornando-se, com isto, figura ímpar no cenário de uma pequena cidade catarinense.
Morre seu marido.
Evadido, há muito o amante querido, Julia se enclausura e passa a viver só para a sua amarga solidão.
E surge a questão maior desta vida. Até que ponto a alma de uma mulher foi subjugada pela interveniência de uma família, de uma sociedade e de dois homens, que cada um ao seu modo demonstraram o seu egoísmo em relação aos sentimentos desta mulher?
Fica a pergunta para um futuro onde mulheres e homens recebam os mesmos direitos, salvaguardados apenas as suas evidentes e necessárias diferenças...